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Um texto muito interessante sobre a vida de estudante de engenharia


Um mega texto que apresenta a realidade nua e crua de estudantes engenharia, foi escrito por  Ênio Padilha

É na Escola de Engenharia que começa a ser destruída a nossa auto-estima. É na Escola de Engenharia que começa a ser forjado o nosso comportamento autodestrutivo, nosso desprezo pelos valores da própria profissão, nosso desgosto com a nossa própria atividade profissional. É na Escola de Engenharia que nasce a nossa falta de coragem empresarial e essa submissão inaceitável aos caprichos dos clientes.

Engenheiros, Médicos, Arquitetos, Advogados, Agrônomos, Dentistas…

Uma coisa leva à outra: toda vez que, numa conversa qualquer, o assunto “comportamento no mercado” vem à tona acabamos caindo nas inevitáveis comparações de engenheiros, arquitetos e agrônomos com médicos, dentistas e advogados…

Quando me perguntam o que eu acho disso (dessa comparação de profissionais tão diferentes) respondo sempre a mesma coisa: acho que essa comparação é JUSTÍSSIMA.

Se eu, engenheiro, por qualquer motivo, tiver de ser comparado com outros profissionais, acho muito justo que seja com médicos, com dentistas ou com advogados. Afinal temos muito mais coisas em comum do que diferenças. Somos todos prestadores de serviços. Nosso produto (nosso serviço) é altamente especializado e todas essas atividades demandam profissionais com capacidade intelectual diferenciada. Ninguém chega a ser médico, advogado, dentista, agrônomo, arquiteto ou engenheiro apenas por ter um belo par de olhos, uma voz doce, algum dinheiro no banco ou um padrinho influente… A conquista de qualquer um desses títulos demanda qualidades e habilidades especiais, muito estudo e empenho (às vezes até muitos sacrifícios).

Temos, é verdade, muitas semelhanças, quando a comparação é feita no nível da qualificação. Porém, no exercício das profissões e no comportamento empresarial de cada grupo as diferenças aparecem e são enormes. Neste texto concentramos nossas reflexões sobre a formação dos profissionais de Engenharia. No entanto, nossa experiência e a convivência com milhares de arquitetos e agrônomos dos mais distantes lugares do Brasil nos permitem acreditar que os conceitos podem se estender sem problemas também para esses profissionais. Voltemos no tempo.

Voltemos ao tempo em que essa pessoa (que hoje é um engenheiro) tinha seus quinze, dezesseis anos, um ou dois anos antes do vestibular. Esse moço ou essa moça é, muito provavelmente, um dos melhores alunos da sua sala (talvez da escola). É um expoente estudantil, requisitado pelos colegas, elogiado pelos professores, respeitado pelos pais (de quem é motivo de muito orgulho) valorizado pelos parentes, pelos vizinhos, admirado pelas garotas (ou garotos).

Comparemos nosso amiguinho com o estudante de quinze ou dezesseis anos que virá a ser médico, dentista ou advogado.

Veremos quase nenhuma diferença.

É isso mesmo. Na origem, são todos iguais. Têm o mesmo perfil, a mesma história, o mesmo rendimento. Todos são brilhantes e bem sucedidos.

Vem o vestibular. Ingressa, cada qual, na faculdade que escolheu… E é aí que as diferenças começam a aparecer. Os estudantes de Medicina e de Odontologia são enquadrados em um ambiente novo, com pessoas que se vestem de uma maneira diferente, se comportam de uma maneira diferente e que estabelecem uma identidade visual (e, por decorrência, uma identidade psicológica) com a atividade profissional que irão exercer alguns anos depois.

Os estudantes de Direito, já nos primeiros meses de escola convivem com professores que vêm para as aulas de terno, gravata, sapato social, barba feita ou bem cuidada. E o mais interessante: aqueles senhores e senhoras respeitáveis, bem vestidos e de fina educação (os professores), tratam os seus alunos por “senhor” ou “senhora”, com toda a fineza e educação que a prática profissional recomenda. E estimulam seus alunos a acreditar e se convencerem de que são superiores. Que estão se preparando para “falar com o Estado” (privilégio que não é concedido a nenhum outro profissional…). Enfim, aprendem que precisam respeitar os outros, mas aprendem, antes de tudo, que precisam exigir respeito para si.

Nos últimos anos de faculdade, estudantes de Odontologia e Medicina já se vestem como se médicos ou dentistas fossem. Freqüentam clínicas e atuam como profissionais na área da saúde. Assumem, enfim, um ou dois anos antes de terminada a faculdade, todo um comportamento típico de médico. De dentista.

Os estudantes de Direito, por sua vez, a partir da Segunda metade do curso, já se vestem como advogados (roupa social, sapato, eventualmente gravata e um terno ou blazer…). Mantém com os seus professores e com os seus colegas um comportamento e um vocabulário apropriados para as lides jurídicas. E, o mais importante: são tratados, pelos seus professores, como Doutor. (Dr. Fulano, termine seu relatório até a próxima aula. Dr. Sicrano, esteja preparado para a prova final, na sexta-feira.). Apesar de ainda não terem concluído o curso.

Os estudantes de Engenharia, ao contrário, a partir do início do curso, a única diferença que eles conseguem perceber na faculdade, em relação ao ensino médio é o grau de dificuldade (que simplesmente quintuplica!).

Não existe nenhum estímulo a um comportamento novo, nenhuma referência, um exemplo positivo de comportamento. Nenhuma motivação para um desenvolvimento psicológico alternativo. Nenhum elemento que interfira na formação do profissional do ponto de vista da sua imagem física composta de aspectos visuais e comportamentais. A vida social, no ambiente da faculdade, é muito restrita, quando não inexistente.

Além do mais, a faculdade entra na vida desses jovens como um elemento de ruptura. Os alunos são colocados em uma condição a que eles não estavam acostumados. Estavam acostumados a tirar notas máximas com a maior facilidade e, de repente, passam a sofrer e ter grandes dificuldades para obter notas mínimas ou médias. Deixam de ser respeitados pelos seus professores que se tornam distantes e autoritários e perdem a admiração dos colegas que estão todos desesperados tentando se salvar de uma coisa que ainda não estão entendendo Direito.

Não que as faculdades de Medicina, Direito ou Odontologia sejam fáceis. Ocorre que lá os estudantes têm compensações psicológicas que os estudantes de Engenharia não têm. Essas faculdades, por diversos mecanismos, inexistentes nas escolas de Engenharia, dão continuidade ao amadurecimento psicológico e social do futuro profissional. E, com isto, mantêm em alta a motivação e auto-estima dos seus estudantes.

Na Engenharia não existe nenhum processo de acompanhamento psicológico para aquele estudante desesperado que teve a sua carreira de sucesso estudantil subitamente interrompida (mesmo os alunos que continuam conquistando notas altas, acabam sentindo a falta do aplauso dos colegas, do respeito dos professores e da admiração coletiva). E não existe ninguém para explicar o que está acontecendo. Ninguém para dizer a este estudante que ele não é tão inepto ou incapaz como, algumas vezes os professores parecem querer provar.

É quase geral, por parte dos professores, nas escolas de Engenharia, a manifestação desnecessária de superioridade intelectual, o exercício gratuito de poder e o terrorismo psicológico.

E o estudante, que entrou na faculdade no auge positivo da auto-estima, vai recebendo, ao longo de cinco anos, das mais variadas formas, uma única mensagem: “Você não é tão bom quanto você pensava que fosse !”.

Ao contrário dos estudantes de Direito, Medicina ou Odontologia, que têm como professores, profissionais que atuam no dia-a-dia de suas atividades, os estudantes de Engenharia passam cinco anos submetidos aos rigores (e, em alguns casos, caprichos) de engenheiros que não atuam, profissionalmente, como engenheiros e sim como professores, e que, portanto, não têm a vivência da atividade profissional e não têm a ciência ou a consciência das relações comerciais que vão definir o sucesso ou o fracasso dos profissionais que eles estão formando.

Como resultado disso, ao final de cinco anos, o estudante de Engenharia se transforma em um engenheiro. E este engenheiro é completamente desprovido de auto-estima, de respeito próprio, de prazer profissional ou de consciência de mercado. Na metade do último semestre da faculdade, dois meses antes de receber o diploma e ser entregue aos leões do mercado, o estudante de Engenharia ainda é tratado como mero es-tu-dan-te.

Em momento algum, durante a faculdade, o estudante de Engenharia é tratado como engenheiro, em momento algum, durante esses cinco anos, a escola propicia a percepção da mudança de condição de estudante para a condição de profissional.

Estudantes de Direito, Medicina e Odontologia, ao contrário, muito antes do fim da faculdade já têm uma noção razoavelmente clara das dificuldades do exercício profissional que eles irão enfrentar. Com isso vão desenvolvendo mecanismos psicológicos de defesa e saem da faculdade com maior grau de segurança. Entram no mercado profissional de cabeça erguida, com uma consciência de valor. E com todo o processo de construção da imagem profissional em andamento. Estudantes de Engenharia não são estimulados a se vestir bem, nem a ter preocupações com técnicas de comunicação ou relacionamento social ou de exercício intelectual não linear. Com isso acabam não desenvolvendo habilidades gerenciais ou de relacionamento com o mercado.

Esta é uma das razões pelas quais as organizações de Engenharia são, quase sempre, extremamente burocráticas e conservadoras.

Engenheiros (ao contrário de advogados, médicos e dentistas) não comandam seu ambiente de trabalho. Por mais que detenham o conhecimento e a técnica, os engenheiros são, via de regra, pouco influentes em relação ao produto final, seja uma construção, uma instalação, um empreendimento complexo ou um processo produtivo.

O mais lamentável é que os engenheiros, via de regra, só vão perceber os resultados da negligência com a imagem física, a comunicação não-verbal e o comportamento no mercado, depois de já terem acumulado muitas perdas desnecessárias (algumas das quais, infelizmente, irreversíveis).

E qual é a utilidade desse discurso? Qual a importância de se colocar este tema no papel? Porque tornar pública esta opinião, que, com certeza aborrecerá alguns segmentos? Ninguém é ingênuo a ponto de acreditar que a simples leitura deste ensaio leve um diretor de escola de Engenharia, um professor, um estudante ou um profissional de Engenharia a alterar o seu comportamento. O que se espera é que essas pessoas, a quem o texto é dedicado, tenham um momento de reflexão. E que a esse momento de reflexão se siga uma atitude. E que essa atitude tenha como objetivo dar um futuro melhor para a Engenharia no Brasil.

A Engenharia depende dos engenheiros. E os engenheiros começam a ser formados aos quinze ou dezesseis anos, ainda no ensino médio.

Eu ainda acho, como sempre achei, que o conhecimento científico que é transmitido aos estudantes durante a faculdade de Engenharia é fundamental. E que o valor da Engenharia está sustentado na capacidade intelectual e técnica dos seus profissionais.

No entanto, vejo como importantíssima uma nova visão, nesse processo de formação do engenheiro, que leve em consideração todo o relacionamento social dos estudantes entre si e com os seus professores. É importante que, aos estudantes, seja transmitida uma visão mais clara das relações comerciais que eles enfrentarão na vida profissional, seja na condição de profissionais autônomos, empresários ou empregados em alguma empresa.

Em qualquer um desses casos as relações sociais são elementos definitivos para o sucesso. É um “detalhe” que faz toda a diferença.

O estudante chega ao curso de Engenharia cheio de sonhos com a auto-estima elevada, transpirando confiança e auto-respeito. É muito triste que, dez ou quinze anos depois esse potencial tenha se transformado em um sujeito cabisbaixo, sem consciência de valor, destituído de auto-estima e respeito próprio. Abrindo mão da sua natural vocação de agente do desenvolvimento para ser mero instrumento de trabalho para terceiros.

Na Escola de Engenharia o engenheiro precisa ser “construído” para ser um vencedor. Precisa ser estimulado a acreditar no seu potencial. Confiar na sua inteligência. E, acima de tudo, precisa aprender a importância de manter a cabeça erguida.

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Muito Boa


Piada realmente muito boa, indique para seus amigos:

O graduado como Cientista pergunta: “Por que funciona?”
O graduado como Engenheiro pergunta: “Como funciona?”
O graduado em Economia pergunta: “Quanto irá custar?”
O graduado em Artes Liberais pergunta: “Você quer batatas fritas com o quê?”

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\"troca
\"Bolsa

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piadas e afins

A verdadeira história dos engenheiros


A verdadeira história dos engenheiros.

Desde que Dan Brown falou demais que todos os estudiosos dos pergaminhos do Mar Morto e dos evangelhos apócrifos estão evitando divulgar novas descobertas. Mas nesse fim de semana, um repórter italiano consguiu afanar um fraqmento de tradução de um dos pergaminhos, que reproduzo a seguir em tradução livre do Italiano. 

Em um momento de bondade Deus liberou para os homens o conhecimento sobre como construir e projetar coisas determinou que esse conhecimento ficaria restrito a um grupo muito pequeno e selecionado de pessoas. Mas, mesmo nesse pequeno grupo alguns, por pura vaidade, se achavam semi-deuses e capazes de desafiar o todo poderoso e melhorar sua obra. Em sua infinita misericórdia e sabedoria, o criador de todas as coisas resolveu que o processo seria árduo e para que os homens entendessem sua insignificância declarou:

-Novamente vois não entendestes meus desejos, então para que entendais sereis doravante conhecidos por engenheiros; dividirei as pessoas da terra em 10 tipos: as que entendem de Engenharia e as que não entendem e, finalmente tereis a vida especial de desejais:

  1. Não tereis vida pessoal, familiar ou sentimental.
  2. Não vereis teu filho crescer.
  3. Não tereis feriados, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
  4. Tereis gastrite, se tiverdes sorte. Se vois fordes como os demais, tereis úlcera.
  5. A pressa será vosso único amigo e as vossas refeições serão pizzas frias e refrigerantes quentes.
  6. Vossos cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se tiverdes cabelos.
  7. Todos vos verão como loucos. E vois vereis a todos como loucos.
  8. Para vós dormir será considerado período de folga.
  9. O Trabalho será vosso assunto preferido e só faláreis de vosso assunto preferido.
  10. Vosso melhor amigo será a cafeteira. A cafeína não vos fará efeito.
  11. Tereis sonhos, mais sonharás com cálculos e/ou fornecedores.

-Todos os outros obedererão dez mandamentos vois obedecereis 21 e achareis normal e ficareis felizes.

Esta estória me foi enviada por um amigo, infelizmente não conhecemos o autor original.

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frases de engenharia


segue ai umas frases sobre engenharia que achei na net, se conhecerem outras por favor postem:

  • mulher pra que se eu tenha minha HP!! (alunos de engenharia sobre mulheres)
  • vocês nunca serão! (capitão nascimento sobre futuro engenheiros)
  • FUDEU GERAL (todos os alunos de engeranhia sobre as provas de calculo 2)
  • EU DESISTO SENHOR,eu so um fraco!!!!(alunos de engenharia sobre suas notas em Fisica2, Calculo2, Termodinamica…)
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O ADMINISTRADOR


O ADMINISTRADOR

Um dia o presidente de uma multinacional foi mandado a uma cidade no interior para visitar a filial de um grande fornecedor.
Quando pegou a estrada percebeu que tinha esquecido o mapa e se perdeu..
Parou em um posto e perguntou a um rapaz que estava abastecendo o carro:
– Ei amigo onde estamos?
Então o rapaz respondeu:
– Latitude 25 e longitude 36
O presidente ficou confuso e perguntou:
– Ei você é engenheiro não é?
– Sim eu sou, como você sabe?
– Eu te pedi uma informação e você me deu, de forma técnica sem utilidade.
– Ah é, e você só pode ser administrador?
– Como você acertou?
– Você me pediu uma informação, e eu te dei da maneira mais precisa possível, você não soube usar e ainda colocou a culpa em mim.

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*Engenharia – uma ponte inteligente e muito bem conseguida….**


*Engenharia – uma ponte inteligente e muito bem conseguida….**
Esta ponte liga a Suecia à Dinamarca. A foto anexa foi tirada da Suécia via avião.

Vejam que interessante solução para não atrapalhar a passagem dos navios.

Há alguns anos atrás, pensou-se na ponte móvel, mas a engenharia actual é mais moderna:

A ponte segue sobre a água até certo ponto, então mergulha e passa pelo subsolo marinho até sair na Dinamarca, deixando o espaço necessário para os navios.
*Conseguem imaginar? **

*TALVEZ NEM TODOS SAIBAM É QUE ESTA PONTE FOI FABRICADA EM ITÁLIA E OS ACABAMENTOS FINAIS FORAM EFECTUADOS EM *PORTUGAL*, MAIS PROPRIAMENTE EM SINES………SABIAM!!!!!!! eu não sabia * .

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Poema de Cálculo


Poema de Cálculo
Aula De Cálculo

Limites, integrais, derivadas parciais.
Nada me assusta mais…
Nem o volume do parabolóide
(que eu nunca encontro,
e por isso, creio, sou um debilóide).
Surgem X, Y, Z´s e também a, b, delta, teta  e pi´s
Ahhhh!!! Esse monte de alfabetos me dá arrepios.
Sou um troiano sob o fio da espada grega…
Prisioneiro acorrentado a senos e cossenos,
Jogado a um canto escuro da regra da cadeia.

Sempre me perco, não tenho as coordenadas
Polares, cartesianas, cilíndricas como aliadas.
Sou um pobre demente atado a uma cama com correias.
Sendo dopado com doses duplas e triplas de antiderivadas.
Meu enfermeiro, um vetor unitário em R3, me odeia…
E se nem com pontos de máximo e mínimo traço um gráfico.
Suicido-me, friamente, com a ponta seca do compasso.
Meus colegas contemplam meu corpo e invejam minha paz.
Limites, integrais, derivadas parciais.
Nada me assusta mais…

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piadas e afins

lobo mau, contado por um engenheiro…


O filho quer dormir e pede ao pai (engenheiro) para contar uma história e ele conta a dos três Porquinhos. Meu Filho, era uma vez três porquinhos ( P1, P2 e P3) e um Lobo Mau, por definição, LM, que vivia os atormentando. P1 era sabido e fazia Engenharia Elétrica e já era formado em EngenhariaCivil. P2 era arquiteto e vivia em fúteis devaneios estéticos absolutamente desprovidos de cálculos rigorosos. P3 fazia Comunicação e Expressão Visual na ECA. LM, na Escala Oficial da ABNT, para medição da Maldade (EOMM) era Mau nível 8,75 (arredondando a partir da 3ª casa decimal para cima). LM também era um mega investidor imobiliário sem escrúpulos e cobiçava a propriedade que pertencia aos Pn (onde “n” é um número natural e varia entre 1 e 3), visto que o terreno era de boa conformidade geológica e configuração topográfica, localizado próximo a Granja Viana. Mas nesse promissor perímetro P1 construiu uma casa de tijolos, sensata e logicamente planejada, toda protegida e com mecanismos automáticos. Já P2 montou uma casa de blocos articulados feitos de mogno que mais parecia um castelo lego tresloucado. Enquanto P3 planejou no Autocad e montou ele mesmo, com barbantes e isopor como fundamentos, uma cabana de palha com teto solar, e achava aquilo “o máximo”. Um dia, LM foi ate a propriedade dos suínos e disse, encontrando P3:- “Uahahhahaha, corra, P3, porque vou gritar, e vou gritar e chamar o Conselho de Engenharia Civil para denunciar sua casa de palha projetada por um formando em Comunicação e Expressão Visual! “ Ao que P3 correu para sua amada cabana, mas quando chegou lá os fiscais do Conselho já haviam posto tudo abaixo. Então P3 correu para a casa de P2. Mas quando chegou lá, encontrou LM à porta, batendo com força e gritando:- “Abra essa porta, P2, ou vou gritar, gritar e gritar e chamar o Greenpeace, para denunciar que você usou madeira nobre de áreas não-reflorestadas e areia de praia para misturar no cimento.” Antes que P2 alcançasse a porta, esta foi posta a baixo por uma multidão ensandecida de ecos-chatos que invadiram o ambiente, vandalizaram tudo e ocuparam os destroços, pixando e entoando palavras de ordem. Ao que segue P3 e P2 correm para a casa de P1.Quando chegaram na casa de P1, este os recebe, e os dois caem ofegantes na sala de entrada. P1: O que houve? P2: LM, lobo mau por definição, nível 8.75, destruiu nossas casas e desapropriou os terrenos. P3: Não temos para onde ir. E agora, que eu farei? Sou apenas um formando em Comunicação e Expressão Visual! Tum-tum-tum-tum-tuuummm!!!! (isto é somente uma simulação de batidas à porta, meu filho! o som correto não é esse.) LM: P1, abra essa porta e assine este contrato de transferência de posse de imóvel, ou eu vou gritar e gritar e chamar os fiscais do Conselho de Engenharia em cima de você!!!, e se for preciso até aquele tal de Confea. Como P1 não abria (apesar da insistência covarde do porco arquiteto e do…do… comunicador e expressivo visual) LM chamou os fiscais, e estes fizeram testes de robustez do projeto, inspeções sanitárias, projeções geomorfológicas, exames de agentes físico-estressores, cálculos com muitas integrais, matrizes, e geometria analítica avançada, e nada acharam de errado. Então LM gritou e gritou pela segunda vez, e veio o Greenpeace, mas todo o projeto e implementação da casa de P1 era ecologicamente correta. Cansado e esbaforido, o vilão lupino resolveu agir de forma irracional (porém super-comum nos contos de fada): ele pessoalmente escalou a casa de P1 pela parede, subiu ate a chaminé e resolveu entrar por esta, para invadir. Mas quando ele pulou para dentro da chaminé, um dispositivo mecatrônico instalado por P1 captou sua presença por um sensor térmico e ativou uma catapulta que impulsionou com uma força de 33.300 N (Newtons) LM para cima. Este subiu aos céus, numa trajetória parabólica estreita, alcançando o ápice, onde sua velocidade chegou a zero, a 200 metros do chão. Agora, meu filho, antes que você pegue num repousar gostoso e o Papai te cubra com este edredom macio e quente, admitindo que a gravidade vale 9,8 m/s² e que um lobo adulto médio pese 60 kg, calcule: a) o deslocamento no eixo “x”, tomando como referencial a chaminé. b) a velocidade de queda de LM quando este tocou o chão e c) o susto que o Lobo Mau tomou, num gráfico lógico que varia do 0 (repouso) ao 9 (ataque histérico).

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